Mitos sobre o transtorno do espectro autista
Embora possa não parecer, são muito comuns os casos de transtorno do espectro autista. Não se deixe levar pelos mitos sobre esse assunto. O mais importante é sempre a prevenção e o tratamento profissional.
O que é transtorno do espectro autista?
O transtorno do espectro autista é um distúrbio de desenvolvimento neurológico de origem multifatorial, no qual fatores neurológicos e ambientais são combinados. Esses fatores fazem parte do grupo de condições conhecidas como transtorno do espectro autista, também chamado de TEA.
Quando se fala de autismo, se faz referência a um conjunto de condições semelhantes, mas que se manifestam de formas e graus diferentes em cada pessoa.
Portanto, atualmente, esse conjunto de condições é denominado transtorno do espectro autista, uma vez que permite compreender as diferentes variantes de pessoas com essa síndrome.
Para entender um pouco mais sobre o transtorno do espectro autista, é importante saber que o desenvolvimento cerebral de uma pessoa com TEA é diferente do desenvolvimento normal. Em outras palavras, sua operação e maneira de processar informações também ocorrem de outra maneira.
Nos distúrbios relacionados ao transtorno do espectro autista, os desafios relacionados a comunicação e interação social geralmente têm que ser enfrentados. Por outro lado, também é frequente que existam alterações nos processos de estímulos sensoriais.
Mitos sobre o transtorno do espectro autista
Apesar dos avanços nas últimas décadas em relação ao conhecimento dos transtornos do espectro autista, ainda há uma grande desinformação sobre esse assunto.
Existem certas características que a imaginação coletiva atribui às pessoas com distúrbios autistas que no final não têm nada a ver com isso ou não são determinantes. A seguir, veja os famosos mitos sobre o transtorno do espectro autista.
Pessoas com transtorno do espectro autista são incapazes de sentir ou expressar afeição
Esse é um dos principais mitos sobre o transtorno do espectro autista que foram instalados. Tanto o cinema quanto a televisão e a mídia, ao longo da história, foram responsáveis pela construção de uma imagem estereotipada do transtorno do espectro autista.
Na realidade, as pessoas com TEA são capazes de sentir, expressar emoções, afetos e sentimentos. Ou seja, toda criança ou adulto com TEA sorri, chora, fica com raiva e expressa amor. O que pode ser diferente e incomum é a maneira como elas comunicam seus sentimentos.
As pessoas com TEA não são verbais, não falam nem se comunicam
Outro dos mitos sobre o transtorno do espectro autista, também totalmente errado, é aquele que diz que as pessoas com TEA não falam nem se comunicam. Isso é completamente falso.
Embora tenham dificuldades, a realidade é que com a intervenção das terapias de fala e linguagem elas podem melhorar suas habilidades verbais.
Nos casos em que a criança não fala, sistemas de comunicação alternativos e temporários podem ser desenvolvidos, como no caso de sinais. O importante é que a criança não se isole cada vez mais.
Nos casos de transtorno do espectro autista, os desafios relacionados a comunicação e interação social geralmente devem ser enfrentados.
A recuperação de pessoas com TEA é rara
Com os avanços que ocorrem todos os dias, a recuperação de pessoas com transtornos autistas está aumentando. Através do estímulo adequado, tendo objetivos claros e um ambiente apropriado, crianças com TEA evoluem de uma forma que era impensável há alguns anos.
Devemos também enfatizar a importância de aumentar a conscientização pública sobre esses transtornos. Principalmente, trata-se de informar corretamente e acompanhar os pais em todos os momentos.
Todas as crianças com transtorno do espectro autista têm problemas de aprendizagem
Esse é outro dos mitos sobre o transtorno do espectro autista que deve ser quebrado. Os transtornos do espectro autista se manifestam de maneiras diferentes em cada pessoa. Portanto, seus sintomas podem variar consideravelmente.
Na prática, embora algumas pessoas tenham sérios problemas de aprendizado, outras se mostram muito inteligentes. Não há regra geral em relação a esse aspecto.
Crianças com distúrbios autistas não podem frequentar escolas normais
Na verdade, as crianças com transtorno do espectro autista se beneficiam muito da integração na vida escolar regular. A decisão da escola não depende de um diagnóstico, mas sim das necessidades e características específicas de cada pessoa.
Por outro lado, também devemos nos lembrar das diferentes possibilidades da escola. A integração na escola comum é recomendada em muitos casos e, claro, também é possível.
Em conclusão, é muito importante aprender sobre esses tipos de transtornos. Afinal, não é apenas uma questão puramente informativa, é sobre ser capaz de entender como as pessoas com TEA se relacionam. O objetivo final é, obviamente, a inclusão dessas pessoas na sociedade.
Fonte:
https://soumamae.com.br/5-mitos-sobre-o-transtorno-do-espectro-autista/